<i>Fiat</i> denuncia convenção colectiva

O construtor automóvel Fiat anunciou, no início da semana passada, que se desvinculará a partir de 1 de Janeiro da confederação patronal italiana, eximindo-se assim às normas fixadas pelas convenções colectivas.

Numa carta ao presidente da Confindustria, o patrão da Fiat, Sergio Marchionne, alega que, estando empenhado na «construção de um grande grupo internacional, com 81 fábricas em 30 países, não pode permitir-se operar em Itália num quadro de incerteza que o afasta das condições existentes no conjunto do mundo industrializado».

Marchionne há muito que ameaçava denunciar as convenções colectivas, tendo pressionado os sindicatos e trabalhadores a aceitar acordos em certas unidades de Itália que se sobrepõem à convenção sectorial. Contudo, agora isso parece não lhe bastar, pois, segundo explica, as negociações em curso sobre esses acordos podem «desnaturá-los» e limitar a «flexibilidade» (Le Monde, 03.10).

O maior grupo industrial de Itália, que emprega 82 mil pessoas no país, afirma que pretende renegociar a organização do trabalho nas suas fábricas, aumentando os turnos nocturnos e as horas extraordinárias. Todavia, o sindicato dos metalúrgicos (FIOM), que mantém a sua oposição aos acordos de empresa, vê a saída da Fiat da Confindustria como «um sinal do abandono do país».



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